Ficha artística: Dramaturgia: Fátima Vieira e Matilde Real DIGRESSÃO NACIONAL 2023 /24 Teatro Helena Sá e Costa / Porto – 11 a 14 de Outubro |
É já de 11 a 14 de Outubro que a peça “Mulheres de Shakespeare” chega à cidade do Porto, mais precisamente ao Teatro Helena Sá e Costa. Em palco estaremos perante uma peça com a autoria de Fátima Vieira e Matilde Real, encenação de Carlos Pimenta e com a presença em palco da actriz Emília Silvestre e da cantora Sofia Fernandes, num texto em que se procura analisar a questão da presença da mulher no âmbito da dramaturgia shakespeariana e, simultaneamente, reflectir sobre a questão do feminino que determina a realização do projecto.
Depois do sucesso da estreia na Casa das Artes de Famalicão, a peça “Mulheres de Shakespeare” chega agora ao Porto, de 11 a 14 de Outubro sempre às 21h30, na continuação de uma digressão nacional que passará também por Viana do Castelo, a 18 de Novembro no Festival de Teatro, pelo Teatro Municipal de Bragança no dia 6 de Dezembro e, já em 2024, em Lisboa no Teatro Municipal São Luiz, de 11 a 14 de Julho, datas em que o público poderá assistir a esta coprodução do Ensemble – Sociedade de Actores, Casa das Artes de Famalicão, São Luíz TM-EGEAC e Teatro Municipal de Bragança.
Os papéis femininos são marcantes nas obras de Shakespeare. Embora relegadas para segundo plano, por contingências certamente mais sociais do que dramatúrgicas, o autor inglês mostra-nos, apesar de tudo, como influenciam de forma decisiva as decisões dos homens, que se assumem como centro de decisão e poder.
Afinal, o que representa e qual a relevância do espírito feminino na obra de Shakespeare e como se define num contexto assumidamente masculino que impedia as próprias mulheres de se apresentarem em cena? Será somente um contraponto que permite justificar as ações dos homens ou, por outro lado, o seu enaltecimento é assumido pelo bardo como uma espécie de “fuga à censura” e às contingências políticas e sociais da sua época?
Recorrendo a uma atriz que se apresenta como espírito do feminino – convocando diversas personagens e personalidades – e a uma cantora, a peça procura analisar a questão da presença da mulher no âmbito da dramaturgia shakespeariana e, simultaneamente, reflectir sobre a questão do feminino que determina a realização do projecto.